CONHEÇA A HISTÓRIA DO JOSIAS: O PRODUTOR DE CAFÉS ESPECIAIS DA CAPEBE ILICÍNEA

Para fechar com chave de ouro mais uma edição do Informativo Capebe, o quadro História de um Cooperado vem relatar sobre a vida de um produtor antigo na casa. Apaixonado pela Cafeicultura, agricultor dos bons e ganhador do primeiro lugar de Ilicínea no tão famoso concurso de cafés especiais da Capebe Somos 8, Josias de Oliveira é a nossa estrela da vez.

Josias é cooperado da Capebe Ilicínea. Iniciou sua trajetória na Cafeicultura bem cedo, com apenas 15 anos de idade. A paixão pelos pés de café já estava entrelaçada no seu DNA desde as gerações passadas e só aumentou com o passar do tempo. Hoje, ele é dono da Fazenda Ortiga, onde produz os seus tão estimados cafés especiais.

Ele conta como foi o começo de tudo:

“Tudo começou com os meus avós. Meu avô paterno era dono de um posto de gasolina aqui em Ilicínea e também tinha terra. Desde os meus 15 anos eu já trabalhava com ele. Do outro lado, meu avô materno era carpinteiro e também tinha os seus pés de cafés, onde eu e os outros netos o ajudavam a tocar a produção. Em 1986, o meu pai adquiriu um pedaço de terra, plantou café e então eu comecei a trabalhar com ele. Era tão apaixonado pela Cafeicultura que larguei os estudos e investi somente no café, até que ganhei um terreno para plantar e toquei em frente esse negócio que já era de família.”

Como toda boa história que tem final feliz, há também os espinhos pelo caminho. Josias sempre foi pequeno produtor e além do café, seu pai tinha um caminhão. Em 1989, o pai dele adoeceu e o jovem rapaz passou a trabalhar não só na lavoura, mas também com o caminhão do pai. Tudo seguiu bem por 26 anos, até que em 2015 Josias ficou doente e teve que parar de trabalhar até o ano passado.

“O meu pai ficou doente em 89 e desde então eu assumi o caminhão para trabalhar. Fui intercalando as viagens com a fazenda. Em 2014 eu parei de trabalhar com o caminhão e em 2015 tive que parar também com o trabalho na fazenda, porque fiquei muito doente. Durante todo o meu tratamento eu não tive mais contato com o café, achei que não ia conseguir voltar, fiquei muito abatido. Hoje, graças a Deus, 8 anos depois, eu trabalho normalmente e faço de tudo aqui”, relata ele.

Esse, sem dúvidas, foi um dos momentos mais difíceis da vida de Josias, que conta quem foi o seu elo de força para seguir em frente com a fazenda:

“A minha família me deu muito apoio. Diante de situações como essa nós somos muito unidos, os meus irmãos e meu cunhado me ajudaram demais também, principalmente aqui na fazenda. Sempre foi assim, um ajudando o outro.”

Um dos maiores princípios da Capebe é a tradição e de tradição o Josias entende bem, afinal, ele possui um forte laço com a cooperativa, herdado do pai cujo foi cooperado por muitos anos. Sua memória mais marcante com a Capebe foi quando depositou o primeiro caminhão de café. A partir disso, a confiança entre a Capebe e Josias não parou de crescer.

“A Capebe sempre foi tradição em Ilicínea. A vida inteira nós a tivemos ao nosso lado e vimos crescer pouco a pouco. Eu me recordo que quando meu pai teve que estacionar o caminhão de vez, eu o liguei de novo para trabalhar e sempre pensava: um dia eu ainda quero carregar um caminhão de café para mim. Graças a Deus, eu consegui. Senhor José Jonas Vilela sempre dizia que eu poderia ficar tranquilo, pois iria conseguir e em 1998 levei o meu primeiro caminhão de café para a Capebe. Que momento mais gratificante!” 

Josias expressa todo o seu carinho pela equipe da unidade de Ilicínea, onde ele diz ser muito bem recebido por cada colaborador e contar verdadeiramente com o suporte que a Capebe oferece aos cooperados.

O sucesso perdurou pelos anos a fora. Logo em 2022, ano em que ele voltou a trabalhar com o café, Josias não só participou, como teve um retorno à Cafeicultura triufante, ao ganhar o primeiro lugar de Ilicínea no Concurso de Cafés Especiais Somos 8, realizado pela Capebe.

Foi um momento para lá de emocionante! Ele fala que não esperava ganhar e que sempre se comove ao lembrar do apresentador chamando pelo seu nome.

“Foi uma sensação muito boa. Eu cheguei lá e vi por todos os lados produtores de bons cafés que sempre ganham os concursos. Achei que ficaria em décimo lugar ou no máximo em oitavo, tinha uma boa expectativa, mas não para o primeiro lugar. Quando chamaram pelo meu nome, com o título de ganhador, eu nem acreditei, não conseguia nem levantar da cadeira. Me lembro e me emociono. Como foi difícil chegar até aqui, mas cheguei.”

Com toda certeza, Josias é sinônimo de persistência e superação. Em cada momento de sua vida não faltou dedicação, fé e amor em cada detalhe. No encerramento de mais uma edição do História de um Cooperado, ele deixa um recado para cada leitor:

“A mensagem que eu gostaria de deixar para todos os meus companheiros da Cafeicultura é: trate todas as coisas com amor e respeito. Todo mundo tem oportunidade de produzir um café de qualidade, todo mundo tem chance de chegar ao sucesso, basta ter persistência e depositar toda a sua fé na ideia de que vai dar certo, porque vai!”