CONHEÇA A HISTÓRIA DO SR. NENÉM, PRODUTOR QUE TEVE A CAPEBE COMO SEU BRAÇO DIREITO NA CAFEICULTURA
Edevard Olímpio de Lima, o Sr. Neném, de Guapé, tem 58 anos, nasceu junto com a Capebe, cooperativa que escolheu para depositar sua confiança e sua produção há muitos anos. Ao lado da família, construiu uma história de sucesso na cafeicultura. Seu primeiro contato com a lavoura aconteceu aos cinco anos. “Eu praticamente nasci na lavoura de café. Inclusive, com 5 anos, coloquei um grão de café no nariz e foi bem trabalhoso para retirar”, ele brinca. O Sr. Neném conta que chegou a estudar, foi à escola, mas nunca deixou de estar perto da lavoura, tanto que até hoje é a sua principal fonte de renda.
Foi seguindo os passos do pai que a paixão pelo Agro se fortaleceu. Seu pai era um homem sábio que apesar das dificuldades, nunca desistiu da cafeicultura. Naquela época, ainda não havia tecnologia e o manejo do cafeeiro era trabalhoso. “Antigamente, era tudo mais difícil, nós usávamos estaca por conta da ladeira, fazia-se panos em casa e o café era secado no terreiro de terra. Não tinha lona, quando o café estava no ponto de seca, a gente o colocava para dentro de casa, na tulha ou no balaio. Só depois desse processo que ele era levado para a cidade.”
O Sr. Neném reforçou que o incentivo do pai foi fundamental para a família não desistir, mesmo com tantos obstáculos. “O meu pai nunca proibiu a gente de trabalhar, mas tinha que ser com o café. Conforme os filhos iam se casando, ele dava uma lavoura para cada um e dizia que o café era um investimento. Ele sempre nos motivou a investir na lavoura.”
“A capebe foi uma mãe para nós. Estávamos com a produção de café fraca, não tínhamos dinheiro para comprar adubo. Foi na Capebe que conseguimos financiar e com a ajuda técnica fazíamos as aplicações nas lavouras. O resultado foi imediato e a cooperativa foi a nossa salvação, aumentou nossa produtividade. Hoje, todos os irmãos são cooperados Capebe.”
Essa parceria foi dando certo. Com todas as orientações da equipe da Capebe, o Sr. Neném conquistou mais. A sua produção foi aumentando e os resultados foram sendo alcançados. “A capebe é mais importante para nós que um banco, se precisar de um produto, a gente consegue, ela me ajudou a ter uma lavoura com boa produção. A tecnologia ao nosso dispor é importante. Contamos muito com a ajuda do Cássio (engenheiro agrônomo), do Fábio (responsável pela Capebe Guapé) e com toda a equipe técnica da cooperativa”.
Neném ainda destaca que a cooperativa é muito importante para o desenvolvimento da região em que atua, pois as cidades do Sul de Minas contam com o café para se desenvolver. Ele ainda explica que acompanhou de perto o desenvolvimento de Guapé e o fortalecimento da cafeicultura guapeense com a contribuição da Capebe. “A capebe é importante para o desenvolvimento do futuro das cidades. Guapé progrediu graças à cafeicultura que contou com a ajuda da Capebe”, afirma o produtor da região de Ilicínea e Guapé.
Um dos ensinamentos que o Sr. Neném e a família cultivam é a união. Apesar de cada irmão ter sua lavoura, eles continuam juntos, sempre trocando experiências. “Nós somos muito ligados. Quando um irmão precisa, estamos dispostos a ajudar, sempre nos reunimos, trocamos conhecimento”.
Esses valores já vêm sendo repassados para as próximas gerações. Os sobrinhos já estão tomando gosto pelo café e a ideia é que possam continuar escrevendo essa história de tantas batalhas e vitórias. “Hoje, manter o jovem na Agricultura é um pouco difícil, mas já tenho sobrinhos que estão trabalhando diretamente com o café. O interessante é que eles estão vindo estudados, mais preparados”, pontua.
Não é só o cuidado com o café que é levado em consideração. A natureza também tem todo um cuidado especial. Esse ano a família enfrentou perdas de produção, devido à seca e à geada, mas desde sempre fizeram sua parte para ajudar o meio ambiente. Esse inclusive, também foi um dos legados deixados pelo patriarca da família. O Sr. Neném lembra como a preservação é importante: “Um dia eu estava viajando e achei a frase de uma placa bem provocante: O dia em que a última árvore tombar para morrer, em seu tronco vai tombar o último homem. Por isso, nós preservamos as árvores, principalmente as que estão perto do córrego, deixamos os terrenos de grotas para preservar o meio ambiente. Trabalhamos nas áreas mais fáceis e deixamos o restante para a natureza. São praticamente 12 hectares preservados”.
Se existe um sentimento que acompanha o Sr. Neném, é o da gratidão. O sucesso não pode ser construído sozinho, ao longo do tempo muitas pessoas foram importantes para agregar conhecimento e fortalecer sua história. Ele faz questão de agradecer por esse companheirismo: “Eu queria agradecer minha mãe, que sempre trabalhou na lavoura e que também tem a sua história com o café. Ela é o nosso símbolo, nossa inspiração. Deixo meus agradecimentos à Capebe, ao Fábio e aos agrônomos, que tanto têm nos ajudado, facilitando a nossa vida. Agradeço toda a atenção que a Capebe nos oferece. Gostaria de finalizar dizendo que vamos continuar lutando, plantando mais café para podermos seguir sendo uma das forças da economia do Brasil.”
“O meu conselho para quem está começando, é não cultivar só café. Diversificar para ter uma garantia caso o café tenha queda no preço, plantar com tecnologia, com bastante cuidado, pensando nas condições climáticas. É preferível plantar menos, com mais investimento. A capebe é uma ótima fonte dessas orientações, pois a lavoura de café precisa de mais cuidados para produzir.”
Agradecemos ao Sr. Edevard por compartilhar um pouco da sua trajetória conosco. Ficamos muito felizes pela parceria e confiança depositadas na Capebe. Que possamos continuar caminhando juntos, fazendo história no Agro. Que todas as metas e objetivos sejam alcançados e que a família preserve esse legado tão bonito.
ESSA FOI MAIS UMA HISTÓRIA DE UM COOPERADO
