Homem sereno, vivendo do campo há 47 anos e com muitos sonhos. Esse é Renato Teixeira Rodrigues, cooperado na Capebe Candeias. Empresário, pensador, pai de família e um amante da vida. Tem relação com a Capebe desde antes de se tornar cooperado, quando já era cliente em Boa Esperança. Acima da Agropecuária, ele possui uma história e uma mensagem para se refletir sobre a sociedade, a humanidade e a vida. Com 60 anos de idade, começou a trabalhar na roça aos 13 com o pai, mudou-se para a cidade e fundou quatro supermercados. Após anos, voltou suas atenções para a terra.
“Toda minha família é candeiense. Meu pai trabalhava muito com verdura, café e leite. Trabalhei com ele até meus 27 anos, depois no comércio mais de 20. Voltei para a roça e comecei a plantar café, a lavoura onde estamos foi uma das primeiras. Após um tempo no meu supermercado, passei a administração para minhas filhas Luciana, Patrícia e Renata. Atualmente trabalho com café e gado nelore.”
Para centrar a gestão, Renato resolveu fazer a troca da cidade pelo campo: “O supermercado me consumia tempo e eu me apoiava em consultorias, porque podia acompanhar pouco. Encerrei as atividades na cidade e pude estar mais próximo”, conta.
Ele segue presente no desenvolvimento de suas propriedades, ao lado de Daniela, sua esposa e seus nove colaboradores nas regiões do Batatal, Bugios e Arrudas e na cria do gado. As questões climáticas dos últimos anos também danificaram a produtividade de Renato. “Estamos aumentando a lavoura nos últimos sete anos e renovando. Tínhamos conseguido uma produtividade com média de 40 sacas por hectare, até que a seca do ano passado nos trouxe uma quebra. Colhi somente 30% do que poderia e prevemos outra perda acima de 50%. Vim de safra baixa e minhas lavouras estavam descansando. Agora é aguardar o desenvolvimento dos frutos.”
Com seus anos no ramo agrícola e como pessoa bem-informada, ele retrata que percebeu grande mudança nos últimos tempos. A tecnologia mudou, hoje a lavoura precisa ser mecanizada, e acredita que sem mecanização fica difícil evoluir. A propriedade do seu pai ainda está na família, formada por ele e os irmãos João, Ronaldo, Raquel e Josélia. Uma área de 150 hectares. “Meu pai também começou pequeno. Para a época ele era grande produtor, conseguiu colher até 1000 sacas em uma fase em que tudo era manual. Ele fez isso em cerca de 30 hectares de café.”
Renato enfatiza a importância da ciência, tecnologia e inovação, um dos caminhos para o sucesso das lavouras, já que o filho de José Pedro e D. Rosália conheceu momentos diferentes e vê como a união Agro/Tecnologia “veio para ficar”. “A humanidade está sempre evoluindo para melhor. Talvez tivéssemos mais tempo, porém a vida mais sacrificante. Hoje é mais corrido, a tecnologia nos aproxima e nos cobra, como as máquinas no manejo do café, mais dinâmico, no entanto considero agora mais tranquilo. Com os colaboradores tocamos 70 hectares, isso era impensável, seria necessária mão de obra que nem encontramos no mercado mais. Se for preciso contratar 60 pessoas, existe uma dificuldade”, observou.
Renato foi o 4º cooperado a se associar em Candeias. A Capebe já fazia parte dos seus negócios antes de chegar na cidade. Quando comprava insumos, pesquisava pela cooperativa, se tornou cliente e hoje é um cooperado fiel.
De acordo com o cadeiense, a diversidade de marcas requer atenção e boas informações para o cooperado tomar a decisão certa na hora da compra e da aplicação dos materiais.
“Temos uma gama de marcas e produtos similares. Antes da Capebe vir para cá, eu era cliente e cotava em Boa Esperança e sempre encontrei bons preços lá. Com a sua chegada aqui, abracei desde o início e passei a receber assistência técnica do José Lucas. É um profissional que respeito, sempre está aqui com o devido suporte e orientações.”
Nosso cooperado garante ter uma gestão aproximada e metas: “Acompanho as despesas da lavoura desde quando comecei. Sigo de olho, não desisti, temos que permanecer lutando, acreditando, investindo, fazendo a nossa parte e esperando a natureza corresponder”. Mesmo que haja contratempos, o produtor encara o dilema de parar ou continuar com suas atividades, posto que o Agro não para e o abastecimento do mundo também não.
Renato confia na Capebe. Segundo ele, o produtor tem muitas tarefas, ter a assistência que lhe dê tranquilidade sobre o que aplica no cafeeiro favorece em tempo e eficiência. “O mercado é feroz, com várias empresas buscando espaço, tenho dificuldade em acreditar em um produto.
Acho que a Capebe pode ser esse braço experimental, fazendo testes antes do produto vir até nós, com pessoas formadas, laboratório e estrutura. É interessante a Capebe sempre buscar o melhor. Eu aplico o que me é indicado pelo meu agrônomo.Vivemos em comunidade, o que é bom para um é bom para todos. Temos que nos unir, buscar o bem comum e todo mundo se desenvolver”, aponta.
Se alguém acha que Renato quer se aposentar, ele garante que não: “Tenho muitos anos para expandir e usufruir do trabalho. Quem me conhece, sabe que ao mesmo tempo que gosto de trabalhar, gosto de aproveitar a vida, reunir a turma para divertir”. Empresário, também fala sobre como fazer negócios com responsabilidade e prudência: “Como ainda não tenho tantas áreas, invisto mais em café por ser um grão que pode ser produzido e rentável com menos, ao contrário do gado, que requer mais território e quantidade. Crio gado como uma poupança, mas também estou me estruturando e reformando o pasto”.
“Não podemos deixar a ganância passar a frente. O ser humano tem que ser mais importante, o princípio da união e da confiança, pedir aos necessitados que busquem ajuda e aproveitem a vida. Fico triste em ver um jovem destruindo sua saúde e seu futuro em troca de nada. Então vamos somar esforços rumo à igualdade social. O sangue que corre na veia de um é o mesmo do outro. Vamos viver!”, aconselha.
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