A nossa cooperativa não para. 2021 foi um ano de desafios, mas também de grandes conquistas e projetos. Fizemos um bate papo com nosso diretor presidente, André Reis, que destaca alguns pontos (positivos e negativos) sobre o ano de 2021 e o que esperar para esse 2022. Confira:
INFORMATIVO CAPEBE – Em 2021 a pandemia atrapalhou a realização dos negócios da Capebe?
ANDRÉ REIS – A pandemia incomodou o mercado mundial. Estamos em um país emergente e nossa dependência do mercado internacional nos fragiliza ainda mais. Somos agroexportadores e importadores de insumos para a produção agrícola. É um trâmite bilateral e no quesito importação estamos passando por uma fase difícil desde 2020, com a alta dos preços de insumos. Como a cadeia mercadológica é um organismo vivo, se uma coisa está enferma, as outras também correm risco. A inflação fez isso desde o campo até a cidade, nas mesas e geladeiras das pessoas, nas contas, despesas e preços. Mas a Capebe está de olho no seu produtor, ele é o primeiro que precisa estar bem para o abastecimento do mundo andar bem.
IC – Quais foram os desafios do ano?
AR– Difícil citar apenas um. Pandemia ainda em curso, variantes, seca, geada, inflação, escassez, desaceleração da economia, tudo isso atinge as nossas atividades, porém o grande desafio foi ver tantos cooperados expressando suas decepções e saber que não é simples resolver um problema que depende de tantos fatores. Estivemos separados, o que nos manteve firmes foi nosso conceito de sermos oito, em oito cidades diferentes, sempre cooperando e acompanhando nossos cooperados, presencialmente ou não.
IC – Alterações climáticas do ano prejudicaram os preços?
AR– Sim, a grande mazela, em mais um ano. Sem produto, a lei da oferta e demanda eleva os preços, mas a inflação “engoliu” a diferença e ainda sugou mais o lucro dos produtores. Vários cooperados e amigos me falaram como preferiam receber R$600,00 na saca de café e pagar o preço de antes nos insumos e implementos. Todos aqui da Diretoria são agricultores antes de diretores, estamos vivendo isso em nossas fazendas também, está difícil, mas temos a Capebe que nos dá todo o suporte na cadeia produtiva.
IC – Uma vitória a ser comemorada no ano que passou;
AR– A organização e o planejamento estratégico foram primordiais, assim como as modernizações e inovações que vem sendo implementadas por nosso time. Vou listar algumas aqui:
– Nas Rações Capebe, temos a primeira ração bovina 100% livre de antibióticos certificada internacionalmente. A primeira do Brasil.
– Na Pecuária, tivemos três cooperados premiados no Ideagri como três das cem melhores fazendas do país.
– No Agro, certificamos as primeiras propriedades rurais de cooperados que se inscreveram no programa de certificação do Capebe Global, reconhecidos e selados agora pela Rainforest Alliance. Inclusive, já adequamos nosso barracão para armazenamento de cafés orgânicos e sustentáveis, tudo isso por conta da nova interpretação de sustentabilidade que tem sido trabalhada com o departamento Capebe Global.
– O processo de prospecção de novos mercados no exterior começou no final do ano de 2019, e tem crescido. Em 2021 foram comercializadas sacas para o exterior, com um crescimento de 175% aproximadamente em um ano, abrangendo países como EUA, Rússia, Suíça e Espanha. Também no ano de 2021 a Capebe comercializou para o Chile o primeiro lote de café torrado de sua história. Nesse contexto a Capebe está voltada para novos projetos prospectando novos mercados na Ásia, Oriente Médio e América do Sul, ampliando o seu horizonte, buscando novas oportunidades e assim agregando e fortalecendo os seus cooperados.
– Confiança dos nossos cooperados. Tivemos um aumento expressivo na adesão de novos cooperados em toda a nossa região. Trabalhando com os já cooperados, financiamos grande parte do seu custo de produção com os insumos.
– Na Tecnologia, trouxemos o APP Capebe que trouxe agilidade e proximidade do cooperado com seus dados e informações na cooperativa. O cooperado tem tudo na pauta de suas mãos e não precisa se deslocar para realizar algumas transações.
– No Laticínio Capebe a valorização do produtor é o nosso foco. Por isso lançamos nossa nova marca, Mombó, que veio para conquistar todo mundo com tanto sabor e qualidade. Toda nossa linha de lácteos agora tem nova embalagem e um nome que remete a nossa região. Aconselho todos a provarem enquanto leem a história e o motivo por trás da novidade. Não precisa nem de propaganda, é bom de verdade.
IC – Uma frustração;
AR– Mais um ano de pandemia, vidas perdidas e muitos prejuízos para os que ficaram. Muitos cooperados perderam grande parte da safra devido às secas e geadas. Mas estão sempre se reinventando.
IC – Expectativas para 2022;
AR– Continuar a gestão, inovar mais, lançar, conquistar, dar estabilidade ao produtor, participar da retomada da economia e gerar empregos e renda para cooperados e colaboradores. Devemos continuar nos solidarizando também, ajudando quem precisa. Vimos como isso foi fundamental, de fato sempre foi.
Conseguimos nesses últimos 2 anos organizar “dentro de casa”, organizar processos que ainda não estavam rodando bem. Para esses próximos anos, queremos crescer pra fora, demonstrar a força da nossa cooperativa para nossas 8 unidades e quem sabe ampliar mercado.
IC – Produtos Mombó: Qual foi a ideia de lançar uma nova marca?
AR– A Capebe é uma instituição e não uma marca, percebemos uma demanda de mercado para criar uma marca mais competitiva e que ganhe mercado. A ideia é valorizar o cooperado, alcançar mais mercados com uma marca mais moderna e bonita, com embalagens mais atrativas, modernas. Queremos que muitos conheçam a qualidade do que produzimos e os nossos cooperados sejam os maiores beneficiados por isso. Felizmente, já estamos colhendo frutos dessa mudança e estamos entrando em espaços que antes não conseguiríamos com o nome da cooperativa. A nossa proposta é de criar outras marcas, agregando valor nestas marcas.
IC – Momento econômico atual favorece os negócios?
AR– Os prognósticos começaram agora, estamos acompanhando os noticiários, vendo os movimentos do mercado com nossa equipe comercial. Espera-se um crescimento do Agro no PIB brasileiro e a balança comercial terminou o ano em superávit, mas é cedo para decretar expectativas. É melhor planejar, trabalhar e ver o que vai acontecendo, assim é mais inteligente para os momentos que requerem ações. Mas não perdemos nunca a esperança e confiamos no potencial do Agro no Brasil e em nossa região.
IC – Mensagem aos cooperados, comunidade e fornecedores.
AR– Que tenhamos resiliência e garra. Nossa região possui grande potencial, mas nós precisamos enxergar isso e valorizar iniciativas que seguem esse caminho. Precisamos de muita paciência no ano que começa e acreditar, com muita positividade, que tudo vai ficar bem.
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