Para que o setor lácteo mineiro mantenha a vanguarda, é fundamental que no atual momento seja mantida a atenção e a cautela, principalmente em relação a novos investimentos visando aumento de produção. Essa é a análise da Gerência de Desenvolvimento e Monitoramento de Cooperativas do Sistema Ocemg. “Em todos os elos da cadeia leiteira as estratégias devem ser constantemente revistas de forma a garantir a saúde de todos os cooperados, colaboradores, consumidores e parceiros perante a Covid-19, assim como a continuidade do negócio.
Diante disso, o Sistema Ocemg irá monitorar constantemente as decisões relacionadas ao agronegócio leiteiro de forma a munir o setor de informações atualizadas e garantir a sustentabilidade das cooperativas comprometidas com o desenvolvimento do agronegócio e do Brasil”, sinaliza Vitória Drumond, gerente da área. Para o presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé) e conselheiro do Sistema Ocemg, Marcelo Candiotto, a produção de leite é uma atividade diária e extremamente dinâmica, que está sujeita a sofrer grandes impactos. “Começamos o ano de 2020 com demanda por produtos lácteos em alta, no fim do ano de 2019: leite UHT e iogurtes fecharam com recuperação, leite em pó se mantendo estável, tínhamos um ano promissor, com produção baixa e demanda alta, disponibilidade de leite aquém das necessidades industriais, refletindo melhores preços e um mercado firme para o ano. Porém, com esta pandemia do coronavírus, a situação se inverteu”, analisou.
Segundo Candiotto, o cenário atual é muito desafiador para o produtor de leite, pois com redução em sua rentabilidade, devido a elevações nos custos de produção, principalmente dos insumos concentrados (milho e soja), dificuldades em algumas regiões no escoamento da produção e as previsões de reduções no preço do leite, a conta pode não fechar. “Na indústria, a situação também não está fácil. Apesar do mercado de lácteos ter reagido bem no fim de março em alguns produtos, a situação não se sustenta a partir da segunda quinzena de abril, com preços baixos nos principais produtos UHT, queijos, produtos refrigerados, além de menor demanda de consumo, aumentos dos estoques e redução na produção em alguns laticínios”, avalia. “Precisamos acompanhar um dia após o outro, sempre olhando para o futuro, pois as previsões de recessão seguem se acentuando e o FMI já estima uma contração de 5,3%, com fortes impactos sobre o emprego, reduções na renda familiar e consumo”, finalizou. Questionado sobre os principais desafios do setor, o presidente informou que acredita que o consumo, em algum momento irá se recuperar, mas a disponibilidade de leite reagirá mais lentamente, devido a problemas na rentabilidade dos produtores, sinalizando que o declínio será forte na renda dos brasileiros e que o início da recuperação econômica será gradual.
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