Os novos ramos do Cooperativismo

O sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) mudou a divisão dos ramos do cooperativismo para permitir uma estrutura mais flexível e apta às mudanças e inovações do mercado. Por isso, os 13 segmentos originais anteriores foram reagrupados em 7.

Conheça a nova organização.

1 – Agropecuário: Aqui está a Capebe. Engloba as cooperativas que já operam nesse setor econômico, trabalham com atividade agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira. Além disso, foi adicionado ao ramo, as cooperativas de alunos de escolas técnicas de produção rural.

2 – Consumo: São as cooperativas que realizam compras em comum para os seus cooperados, seja de produtos e/ou serviços. Existem dois tipos: a fechada, que admite somente pessoas ligadas a uma mesma profissão e/ou organização; e a aberta, que permite a associação de qualquer pessoa. Esse ramo absorveu partes do Educacional (pais) e do Turismo e Lazer (consumidores). Ainda que a prática de comprar insumos em conjunto seja comum em cooperativas agropecuárias isso não implica que elas entrem para este ramo.

3 – Crédito: Não sofreu nenhuma alteração, os critérios continuam os mesmos.  Aqui estão as cooperativas que prestam serviços financeiros aos seus cooperados. Elas podem oferecer cartão de crédito, consórcio, financiamento, etc. Vale destacar que em muitos municípios brasileiros essas cooperativas são a única opção de acesso a esses serviços.

4 – Infraestrutura: Incorporou o ramo habitacional, assim envolve as cooperativas de construção de imóveis para habitação e as que prestam serviços relacionados à infraestrutura. Por exemplo, geração e compartilhamento de energia elétrica, irrigação, saneamento básico, telecomunicação, etc. O objetivo é levar qualidade de vida para todo o país.

5 – Saúde: São as cooperativas formadas por médicos, odontólogos ou profissionais ligados à área de saúde humana e também aquelas formadas por usuários que se reuniram para constituir seu plano de saúde.

6 – Trabalho, Produção e Bens de Serviço: Aqui está a maior mudança, pois esse segmento é a junção dos ramos: Trabalho, Produção, Mineração, Especial, com parte do Educacional (professores) e do Turismo e Lazer (profissionais da área). Assim, no geral, estão as cooperativas que prestam serviços especializados a terceiros e/ou que produzem bens.

7 – Transporte: Envolve o transporte individual, coletivo e de cargas. Esse segmento manteve o nome, mas passou por grandes reformulações. Para pertencer ao ramo, agora é obrigatório que os cooperados sejam os donos do veículo. Assim, as cooperativas de motoristas, seja de carga ou de passageiros, na verdade, se enquadram em Trabalho, Produção e Bens de Serviço. Outra alteração é em relação ao transporte turístico, como por exemplo, transfers, bugues, etc, desde que seus cooperados sejam proprietários dos veículos, a cooperativa é alocada dentro do ramo Transporte. Antes, elas pertenciam ao Turismo e Lazer. Outros tipos de transporte turístico que não possuem essa característica, também ficam dentro da divisão Trabalho, Produção e Bens de Serviço.

Fontes: OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, Mundo Coop, Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo